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Como foi passar 7 dias em um motorhome

Atualizado: 12 de jul. de 2020

Dizer que uma viagem de motorhome são só flores seria a mentira mais descarada que eu poderia dizer aqui. Ainda mais se tratando de dois meros iniciantes como nós.


Mas, por incrível que pareça, dá para dizer que a tensão foi a melhor parte da viagem. Aprender as coisas na raça e poder compartilhar com as pessoas o que vivemos é um privilégio.


Bom, vamos ao que interessa.

O motorhome que pegamos era uma Renault Master que alugamos com a empresa Pura Vida que fica em Curitiba. Sim, enfrentamos quase 6 horas de estrada de SP até Curitiba para alugar com eles por alguns motivos:

1) O preço estava melhor do que qualquer outra empresa em SP

2) Eles foram extremamente atenciosos

3) Vimos boas recomendações deles em outros blogs na internet


Com isso acabamos desenhando um roteiro que abrangia mais o sul do país, pois tínhamos apenas 7 dias de férias.

A nossa maior preocupação era dar manutenção na casinha, pois não fazíamos ideia de coisas básicas tais como o funcionamento do banheiro, abastecimento de água, energia elétrica, preparar nossa comida, enfim, itens bem, bem básicos mesmo. E somado a tudo isso, ainda tínhamos todo o cenário da pandemia que estava nos assolando.


Mas antes de colocar o pézinho dentro do MH (motorhome) passamos por um banho de

loja de como tudo funcionava. A empresa possui um roteiro para explicar o passo a passo da casa e passamos por todas as informações que nos deixavam com tanto medo:

- Parte elétrica do MH

- Abastecimento de água

- Descarte de água

- Descarte dos detritos do banheiro

- Uso da antena

- Uso do gás

- Como abrir o toldo

- Limpeza do MH

Foi tudo tão fácil que depois da segunda vez já estávamos craques no assunto.


A casinha em si é bem pequena, principalmente para o meu marido que tem 1,90 de altura, (na verdade o mundo é pequeno pra ele), que teve mais dificuldades de usar o banheiro, de ficar em pé dentro do MH ou dormir na cama, que tinha 1,80. Mas pra mim estava perfeita.

Saímos de dentro do estacionamento do Pura Vida e pensamos:

"nossa, agora é tudo por nossa conta, estamos sozinhos com um carro que não é nosso, de mais de 3 toneladas e temos que dar conta de tudo”


Que baita medo. Mas assim que estacionamos para comprar umas coisas que faltavam já estávamos mais confortáveis.


Eu aproveitei esse tempo para colocar tudo em ordem. E tem que ser tudo bem organizado mesmo porque o espaço é bem limitado.


Coloquei nossa comida nos armários e geladeira. Ajeitei nossa roupa no armário (cada um tinha o seu). Coloquei o papel higiênico e sabonete no lugar. Tudo precisa ficar muito preso, pois quando o carro se movimenta, tudo pode (e vai) sair do lugar.

Quando meu marido chegou com as compras higienizei tudo, coloquei na geladeira e seguimos viagem.



Pegamos a rodovia e já passava do meio dia. Mas estávamos empolgados e então seguimos viagem. Paramos num posto lá pelas 14h para preparar nosso primeiro almoço.

UAU! O posto era bem simples e com tudo meio parado estava muito tranquilo ficar por ali. Abrimos a porta do MH, ligamos o gás e começamos a descongelar em banho maria o que tínhamos levado congelado. O primeiro almoço: macarrão com salsicha. Hummmm.

Lavamos a louça e resolvemos completar a nossa caixa de água. E foi tãooooooooooo... fácil.


Conectamos a mangueira no MH, conectamos a outra parte na torneira, ligamos e começou a encher. Fomos acompanhando pelo nível e quando estava cheio saímos tranquilos e abastecidos.



E assim foi dia a dia descobrindo coisas novas, passando perrengues, frio e em cada dia novo era uma surpresa nova.

Essa viagem foi muito diferente, não por causa de estar num motorhome, mas porque fomos pessoas diferentes.


A gente SEMPRE sai de casa com um roteiro muito planejado e seguimos à risca, mas dessa vez nós mudamos o tempo todo. Dormimos em cidades que não estavam na nossa lista. Conhecemos lugares que nunca nem imaginaríamos.


Aliás, isso sim foi diferente: quase sempre que viajamos fazemos turismo de cidade, e dessa vez, por causa da pandemia, decidimos que seria preciso um outro ponto de vista. Tivemos que admirar o Brasil como ele realmente é: As matas de araucárias do Sul do país. As praias lindas e geladas de Santa Catarina. Os contrastes da grama verdinha e dos ciprestes nos campos rurais do Paraná. Uma serra que deixa a gente com medo e frio na barriga.



Num erro do Google, nos perdemos no meio de um milharal, à noite, e sem internet. Ah como isso deixou a gente assustado.



E pra deixar a viagem toda ainda mais emocionante, conseguimos atolar a casinha DUAS VEZES. E na última conseguimos fazer isso na beirada, mas bem beirada mesmo, de um lago.

Quer saber do resto? Acompanhe aí o que fizemos. Aposto que você vai dar muitas risadas.


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