Que ela é a capital da Catalunha, todo mundo sabe! Que ela é uma cidade viva e cheia de energia, nem precisa dizer. Falar de Barcelona é fácil, difícil mesmo é querer ir embora.
Hola Barcelona!
Esse cacareco vem de lá do outro lado do mundo: a charmosa e cosmopolita Barcelona.
Uma Barcelona cheia de cultura
Barcelona é uma cidade litorânea. Quase havia me esquecido até chegarmos. Estávamos tão focados no acervo cultural que quando nos deparamos com a praia soltei um: "Oxi, e europeu pega praia?"E como pega.
Barceloneta, a praia mais agitada (e central) da cidade estava repleta de turistas vindos de todos os cantos do mundo, dentro e fora da água, que por aliás, é gelada demais para nós brasileiros.
Com o calor que estava fazendo naquele verão, até eu senti vontade de dar um pulinho na água. O máximo que fiz foi colocar o pé para constatar que gosto mesmo é de água bem quentinha.
Mas apesar da curtição da praia, Barcelona não deixa de lado o seu espírito cultural. Há inúmeros artistas que amaram e representaram a Catalunha. Picasso, Miró, Dalí e entre tantos outros um em especial me fez colocar Barcelona no roteiro dessa viagem: Gaudí.
O arquiteto tem inúmeras obras espalhadas pela cidade. É normal passar em frente a algum prédio e nem saber que foi ele quem projetou. É como se fosse um complexo arquitetônico a céu aberto. 3 delas muito perto uma da outra: Casa Milá, Casa Batlló e Sagrada Família.
É da primeira que vem meu cacareco. Um dos primeiros que comecei a colecionar.
Casa Milà
De fora a construção já parece uma grande escultura de pedra, criativamente trabalhada para formar suas curvas naturalmente orgânicas e adornada com grandes varandas de ferro retorcido. Apesar de muitas pessoas irem lá para apreciar o telhado, olhar para os detalhes da Casa Milà, também conhecida como La Pedrera, é ser apresentado a Gaudí de uma forma única.
Mesmo com todas as peculiaridades da fachada, você começa a perceber os detalhes quando de fato alcança o hall de entrada e os pátios internos.
Logo no início do tour é oferecido um visual guide incluso no valor do ingresso. Esse guia vale muito a pena, pois além de mencionar algumas peculiaridades do arquiteto, apresenta ponto a ponto da casa e conta sobre a encomenda e construção do local.
Dos pátios sobe-se as escadas até atingir ao telhado. A sensação é que você desembarcou em uma terra de gigantes cabeçudos, SQN. São as claraboias e chaminés dos apartamento que tomam conta, literalmente, do telhado. Com os capacetes de pedra esculpidos nas pontas, parecem que são soldados de sentinela colocados ali para guardarem a tranquilidade dos turistas (que viagem...).
Entre elas há um caminho com escadas que sobem e descem. De longe, e com bastante imaginação, os parapeitos das escadas lembram ondas que vão e vem.
Por questão de segurança, há algumas grades de proteção que não ornam muito com o restante do jardim de pedra, mas nada que atrapalhe a vista.
#DICA: Fomos no verão e o Sol estava de rachar, por isso água e protetor solar são obrigatórios.
O Apartamento
No tour há um apartamento mobiliado disponível para visitação. Como assim só 1 apartamento? E os outros? Pois é, a casa Milà é um condomínio com moradores comuns, como você e eu (não tão comuns né?!). Esse apartamento é com se fosse o "decorado" do prédio e o "show room" de móveis criados pelo próprio arquiteto. Você vai sendo guiado pelos cantos da casa para que nenhum detalhe se perca. Repare nos detalhes de cada cômodo, nos móveis de madeira com suas curvas tão bem desenhadas, nas cortinas de renda que voam sobre as poltronas. No quarto, não deixe de reparar no berço e na cozinha, no cadeirão de madeira. Até parece que ali viveu um bebezinho.
Vale passar um tempo no prédio e ir até o museu que fica no sótão. Lá é possível encontrar vários estudos de Gaudí, móveis projetados por ele e explicações sobre as suas obras.
Não se apresse em ir embora. Passe um tempo no telhado olhando Barcelona de um ângulo diferente. Aprecie a vista das torres da Sagrada Família e como elas não conversam em nada com as torres da casa Milà.
Você pode ainda aproveitar o frescor dos pátios internos. Olhei para cima muitas vezes para tentar imaginar como seria viver ali. Se você é fã de Dan Brown e leu o livro Origem, vai se lembrar de alguns capítulos do livro, nessa hora.
Claro que no final tem sempre uma lojinha de souvenir. Acabei comprando minha réplica lá e nem foi tão caro. É uma das mais especiais que tenho pois sempre ouvi falar em um Gaudí e nas suas obras diferentonas e pitorescas. Ele parecia tão distante, e agora nós estávamos ali, dentro do coração do arquiteto.
Where to next?
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